Cidade de Arquitetura Colonial, fundada em 1827 pelo minerador português Manoel Rodrigues Tomaz, Pirenópolis foi um importante entreposto comercial, agrícola e cultural (religioso, musical e jornalístico) e, sobretudo, mineral (século XVIII e XIX). Secada as fontes do eldorado, quando se inicia o período de isolamento urbano da cidade (1890-1979), não perdeu nem mesmo sua vocação mineral, haja vista, que a Pedra (de Pirenópolis) que dá nome a cidade segue sendo até hoje uma importante atividade e ativo municipal.
Com seu traçado irregular, o acervo patrimonial arquitetônico da região central da cidade, é de relevância histórica, sendo um dos mais ricos do Brasil, com inúmeras ruas, casarios e igrejas de estética barroca, revelando no espaço, claras sombras da nossa memória espacial coletiva. Não por outro motivo, a cidade foi tombada como patrimônio cultural material nacional em 1989 pelo IPHAN, se tornando desde então, um polo turístico e gastronômico de grande relevo no Centro-Oeste. Destino certo para se INSPIrar com seus inúmeros convidativos portais.
CAPINANDO E CANTANDO
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Em meio às discussões ou silenciamentos sobre as Leis Orçamentárias e o novo Plano Diretor na capital cultural do Centro-Oeste que é Pirenópolis -, paragem bucólica e efervescente que o compositor e intérprete Renato Castelo escolheu como segunda residência em 2021 -, um encontro inesperado com um viajante e sua fiel escudeira, sua câmera de vídeo, faz revelar uma Piri menos instagramável, e mais "instantes amáveis".
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Calcado no duro cotidiano daqueles trabalhadores rurais e urbanos que como peixes combativos, tentam sobreviver à "piracema" criada por burracos nas ruas e pelo alto custo de vida, este documentário de Fred Le Blue é parte da franquia INPIRI (MOV. ARQ-ART HUMAN.E ARTeteTurismo) que vai mostrar diversas nuances positivas e negativas da antiga Meia-Ponte, apontando para criação de pontes e meias entre sujeitos que fazem a cidade ser mais humana, apesar das adversidades de infra-estrutura e habitação popular.
Nesse episódio, Renato Castelo dá uma lição de civilismo urbano socioambiental, capinando e cantando em frente à porta de sua casa, no que aponta para um tipo de gestão territorial participativa de cidadãos prefeitos, que é de fato o melhor caminho para se chegar a uma cidade mais sustentável e feliz. A trilha sonora fica à cargo do próprio músico, que nos brinda com canções do seu disco "Piracema", cuja canção homônima é a do curtametragem dedicado a um sujeito boa praça, que cuida do seu ecossistema microterritorial, como um passarinho cuida do seu ninho. Um lavrador que cultiva no presente as sementes musicas da tradição para colher os frutos humanistas do futuro da urbanidade.
Nesse episódio, Renato Castelo dá uma lição de civilismo urbano socioambiental, capinando e cantando em frente à porta de sua casa, no que aponta para um tipo de gestão territorial participativa de cidadãos prefeitos, que é de fato o melhor caminho para se chegar a uma cidade mais sustentável e feliz. A trilha sonora fica à cargo do próprio músico, que nos brinda com canções do seu disco "Piracema", cuja canção homônima é a do curtametragem dedicado a um sujeito boa praça, que cuida do seu ecossistema microterritorial, como um passarinho cuida do seu ninho. Um lavrador que cultiva no presente as sementes musicas da tradição para colher os frutos humanistas do futuro da urbanidade.